A fadiga é o sintoma mais comum da esclerose múltipla, também chamada “lassitude”, e descrita como um cansaço intenso que não tem relação com o nível de atividade nem com o grau de incapacidade física. Pode ocorrer diariamente e mesmo após uma noite de descanso. Tende a piorar com o progredir do dia e a agravar com o calor e a umidade. Aparece facilmente e de repente. É geralmente mais severa que a fadiga normal e é mais provável que interfira nas responsabilidades diárias.
Nos pacientes com doenças neurológicas, a fadiga é diferente daquela relatada pelos demais, sendo muito mais incapacitante e levando a maior impacto na vida diária.
Na EM, a fadiga é sintoma frequente e geralmente incapacitante. Ela acomete de 80 a 90% dos pacientes, não sendo correlacionada com idade, sexo ou grau de acometimento neurológico. A depressão também parece não ter relação direta com a fadiga. Embora seja crônica, ela flutua na sua intensidade e com frequência é observada antecedendo ou acompanhando o surto da doença. Pode ser o primeiro sintoma da EM em aproximadamente um terço dos indivíduos, tendo fundamental importância para o estado geral do paciente.
Vários exames subsidiários têm sido realizados para identificar e quantificar a severidade da fadiga, porém sem sucesso. A definição e a mensuração da fadiga permanecem nebulosos, o que dificulta ainda mais a sua abordagem terapêutica. A sua mensuração usualmente tem sido realizada através de escalas de auto-avaliação, já que a fadiga é um sintoma subjetivo.
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